As barreiras físicas e sociais são muitas para a PcD. Atitudes do dia a dia vistas como simples, podem ser conflitantes para esse público considerado minoria, mas que na verdade é uma verdadeira multidão. Dados do IBGE de 2010 apontam mais de 45 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, se considera Pessoa com Deficiência.

No país, a Lei 13146/15 garante o direito à equidade de oportunidades à todas as pessoas que tenham algum tipo de deficiência. O objetivo macro da legislação é impulsionar uma sociedade mais justa. Porém, nem sempre funciona.

Acessibilidade

Infraestrutura viária, comunicação com surdocego, acessibilidade ao cadeirante e tudo isso se pensando em áreas públicas. E no caso de locais privados como cinema, hotéis e restaurante? A ação de construir um ambiente acessível faz parte do DNA do Hard Rock Café. A diretora do estabelecimento em Gramado, Gabriela Ruschel Michaelsen, explica que a casa foi projetada dentro dos lemas do Hard Rock “Love All, Serve All” (ame a todos e sirva a todos).

O acesso ao pub pode ser feito pela entrada lateral, além da possibilidade de livre trânsito pelos três andares por meio do elevador. “Possuímos banheiro para cadeirantes, almofadas de elevação, local para recebimento de clientes com cão guia, cardápio em Braile, e agora a inédita Caixa Sensorial Olfativa assim como a implantação de atendimento em Libras”, conclui Michaelsen referindo-se a caixa sensorial olfativa, iniciativa da Semearhis, lançada no Festival de Cultura e Gastronomia de Gramado, em outubro deste ano.

Legislação

De modo geral, quando se pensa em pontos comerciais, é fundamental saber que existem normas de acessibilidade. Essa acessibilidade é a segurança de que as pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida terão condições adequadas para permanecer em um determinado espaço físico.

A ABNT, por exemplo, determina que toda área de circulação deve ter espaço de circulação de, no mínimo, perímetros de 0,80 por 1,20 m e espaços suficientes para manobras de cadeiras de rodas. São pelo menos 12 pontos cruciais que visam, de alguma maneira, flexibilizar a livre movimentação do PcD.

“A acessibilidade é simples de ser realizada. Pequenos ajustes fazem com que possamos acolher e atender bem, além de humanizar o restaurante”, comenta a diretora do HRC. Gabriela ainda reflete dizendo acreditar que a oportunidade de ampla acessibilidade e tratamento adequado seja um diferencial, o que de fato deveria ser o normal nos estabelecimentos. E conclui: “estamos fazendo nossa parte para uma sociedade melhor e com mais dignidade”.