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Convivendo com a Esclerose Múltipla

Convivendo com a Esclerose Múltipla

No dia 30 de maio celebramos o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. Para trazer um pouco mais de visibilidade e compreensão ao assunto, buscamos um relato de quem convive a 18 anos com a doença.

Assessoria de Imprensa BLOG 1470 views 4 min. de leitura

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Comumente diagnosticada em pacientes entre 20 e 40 anos, de maioria branca e principalmente mulheres, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro, os olhos e a medula espinhal. Isso acontece porque o sistema imunológico confunde as células saudáveis da bainha protetora dos nervos com “células invasoras”, e começa a atacá-las, corroendo e provocando lesões. Estes danos à bainha causam interferências na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo, resultando em sintomas como perda de sensibilidade dos membros inferiores e superiores, fraqueza e tremores, além de alterações visuais.

Para trazer um pouco mais de visibilidade e compreensão ao assunto, buscamos o relato da Fabiana Caminero, que convive com a doença há 18 anos. Confira a seguir:

 

Convivendo com a Esclerose Múltipla

Primeiros Sintomas

Em uma manhã normal de outubro de 2003, acordei para ir trabalhar, quando levantei da cama eu simplesmente não estava enxergando nada. De Início minha mãe não acreditou em mim, até me deu uma bronca, e ao perceber que ela não estava acreditando em mim veio o desespero. Então meu pai me levou ao Banco de Olhos de POA, até o momento achávamos que tinha algo de errado nos meus olhos. Após vários exames oftalmológicos, percebeu-se que não tinha nada de errado com os meus olhos e fui encaminhada para um neurologista no Santa Casa com urgência, onde passei por uma triagem e fui mandada para casa por uma enfermeira que me disse para marcar uma consulta pelo posto de saúde. Nesse momento meu pai invadiu a sala de triagem exigindo falar com o médico responsável, quando entregamos os exames oftalmológicos para ele, minha ficha caiu, pois percebi a gravidade, porque em poucos minutos eu já estava sendo atendida por neurologista. Contudo ele me disse que não sabia o que estava acontecendo, apenas que era grave e já fui internada imediatamente, já estava quase seis horas sem enxergar.

Após dois dias tomando corticoide a minha visão voltou totalmente ao normal, foi quando fizeram uma punção lombar, meu namorado na época, hoje meu esposo, me ajudou a ter força e coragem, pois é um exame muito doloroso. Após dois dias e um segundo neurologista, as suspeitas não foram confirmadas, me mandaram embora, sem saber o que realmente eu tinha.

Me prescreveram um tratamento para neurite ótica, e vida que segue. Troquei de trabalho, casei, tudo normal até 2010 quando acordei de manhã e minhas pernas não respondiam, não sentia minhas pernas, acordei meu esposo desesperada, chamamos a ambulância, quando cheguei, pedi para chamar o Dr. Otavio, que era meu colega de trabalho e um amigo. Quando o Dr. Viu meus exames de 2003 ele percebeu que eu fui diagnosticada erroneamente, pois ali já declarava a Esclerose Múltipla, então começou a correria.

O Diagnóstico

Fiquei muito mal emocionalmente, mais uma vez meu esposo estava ali comigo. O Dr. me disse que a perda da visão ou das pernas poderia acontecer novamente, e corria o risco de não voltar mais ao normal, foi muito assustador. A equipe médica agiu rapidamente, solicitando o pedido do medicamento para o estado, pois na época custava por volta de R$5.000,00 cada injeção. Voltei a caminhar normalmente, e trinta dias depois recebi os medicamentos.

Tratamento

Todos os dias uma injeção, porém comecei a ter alergia a medicação no local onde era aplicado, tinha vontade de arrancar a pele fora. Tive outras reações também, como desmaios, suor. Segui esse tratamento por nove anos apliquei em torno de 3.276 injeções. Hoje faço a cada 6 meses uma ressonância para ver como está a evolução da doença. Faz três anos que o Neuro me tirou a medicação, pois nos exames não há mais sinal de evolução, ela estagnou. Estou muito bem e feliz por isso, mas sempre alerta a qualquer sinal e é assim que vivo hoje, com a ajuda do meu esposo e minha família, dia após dia.

 

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