Semearhis Login:
Informe seu e-mail abaixo para continuar!
XSimone Valdemarca BLOG 4023 views 3 min. de leitura
Você sabia que até o início dos anos 90 o sistema educacional submetia o PcD a escolha de frequentar apenas a escola especial ou a regular?
A metodologia dessa época, no entanto, não tratava a inclusão com a devida importância e prioridade, sendo necessário que as leis fossem revistas.
A educação especial na perspectiva de educação inclusiva e analisada através de um contexto histórico, teve um grande avanço nas garantias de direitos para as Pessoas com Deficiência e para os setores multiprofissionais envolvidos com a inclusão. Assim, barreiras que inicialmente impediam as Pessoas com Deficiência de pertencerem aos sistemas estabelecidos na sociedade foram se rompendo e se consolidando em ambientes mais efetivamente inclusivos.
No decorrer dos anos foram apresentadas variadas legislações com propostas de políticas públicas, essas que oferecem oportunidades a Pessoas com Deficiência para frequentar espaços educacionais e institucionais, bem como acessar e permanecer em programas de atendimentos especializados com recursos técnicos e ambientes qualificados.
Nos espaços educacionais os avanços são significativos, já que garantem que a educação especial e inclusiva perpasse todos os níveis e etapas do ensino formal. Essa abrangência apresenta um aspecto único que é a transversalidade, método oferecido desde a educação infantil até o ensino superior através do atendimento educacional especializado. Nesse contexto, a escolarização e os direitos de uma educação equitativa e de qualidade para Pessoas com Deficiência se direcionam para ambientes que estimulem e favoreçam o desenvolvimento integral através de propostas pedagógicas diferenciadas.
A demanda apresentada para o atendimento especializado em espaços educacionais e institucionais visa oferecer amparo ao público-alvo caracterizado pelos manuais de saúde como Pessoas com Deficiência, Transtorno do Espectro Autista/TEA e Pessoas com Altas Habilidades /Superdotação. A operacionalidade desse atendimento consiste em oferecer acompanhamento especializado, recursos didáticos diversificados, flexibilizações curriculares e cenários pedagógicos efetivamente inclusivos para o desenvolvimento adequado dos estudantes inseridos no espaço.
É preciso ter em mente que, são os professores especialistas que trabalham no atendimento educacional especializado quem têm a responsabilidade de articular ações pedagógicas em ambientes inclusivos, de forma a estimular o desenvolvimento dos estudantes público-alvo da educação especial. Além disso, é fundamental que esses profissionais desempenhem a função de construir parcerias e estratégias pedagógicas junto a professores referências de sala de aula, a equipe gestora do espaço escolar e aos demais profissionais clínicos, para que todos possam acompanhar os estudantes de forma articulada e diferenciada, oportunizando vivências escolares verdadeiramente inclusivas.
Essa profissão, porém, exige cautela com as expectativas trazidas pelos familiares - sejam elas verbalizadas ou não – em relação ao progresso na aprendizagem dos estudantes incluídos nos espaços educacionais. Contudo, é seguro dizer que os avanços pedagógicos dos estudantes que frequentam os atendimentos educacionais especializados são garantidos quando o professor especialista estabelece vínculos de confiabilidade entre as famílias, praticando a postura de ouvinte e acolhedor frente as demandas apresentadas nos relatos e manejos dos responsáveis.
Consultora em Acessibilidade. Pedagoga e Psicopedagoga com 30 anos de expertise na área da Educação Especial.
Todas as publicações do(a) autor(a)Informe seu e-mail abaixo para continuar!
X
Olá, deixe seu comentário para PCD: educação especial e inclusiva